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O que muda na vida do bancário se aprovarem a reforma da previdência e as privatizações

5 nov 2018 | Categoria Geral | Enviado por | 0 Comentários

Sindicato quer dialogar com a categoria caminhos para organizar a luta em defesa do direito à aposentadoria, preservação das conquistas trabalhistas e manutenção das estatais e bancos públicos

O banqueiro e economista e Paulo Guedes, confirmado como futuro ministro da Fazenda do governo Jair Bolsonaro (PSL), reafirmou em entrevista à imprensa, no domingo (28), as prioridades, a quem ele chamou de “três grandes itens para controle dos gastos públicos. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil descartou usar a reforma da Previdência do governo de Michel Temer, que chamou de “remendo”. Em outras palavras, a proposta que vem por aí, é ainda pior para os brasileiros. O que se sabe é que a ideia do novo governo é privatizar a previdência. Mas em que este projeto pode repercutir na vida dos bancários?
A proposta é similar ao fracassado modelo chileno: por lá, 90,9% dos proventos são metade de um salário mínimo. O projeto prevê ainda uma idade mínima: 65 anos para homens e 60 anos para mulheres.
“O primeiro grande item: a previdência. Precisamos de uma reforma da previdência”, declarou Guedes, confirmando o que já dizia em plena campanha eleitoral. O Sindicato e a Contraf-CUT alertam que as condições para o brasileiro se aposentar ficará ainda mais difícil, se a reforma for aprovada.
“É notório que, uma reforma previdenciária significa sempre criar dificuldades ainda maiores para o trabalhador se aposentar. Vão impor idade mínima e o achatamento dos ganhos dos benefícios. Um item claro da proposta imposta pelo mercado é o fim do reajuste das aposentadorias pelo salário mínimo, o que tornará o valor das aposentadorias ainda mais baixos. Querem que só o trabalhador pague a conta”, critica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção.
Caixa e BB na mira
A segunda prioridade, segundo Guedes, é reduzir as despesas do governo com juros. Mas  a proposta não é combater um dos maiores juros do planeta e muito menos fazer uma auditoria da dívida. Metade de todos os impostos arrecadados pela União é para pagar juros da rolagem da dívida pública do governo com os bancos. Porém, o novo governo diz que vai combater juros privatizando todas as estatais. Guedes já até deu o preço de venda das empresas públicas – o BB foi avaliado pela equipe de Guedes em R$83,5 bilhões. Apesar de não ter sido divulgado o preço de mercado da Caixa, os especialistas do mercado dizem que o banco é a empresa mais “privatizável”, o que indica que estaria no topo da lista das instituições públicas a serem vendidas.
O Sindicato alerta ainda que empresas privadas jamais cumprirão o papel social de financiar programas sociais, habitação popular, saneamento básico, créditos educativos e agricultura familiar.
“O banqueiro Paulo Guedes não diz que privatizar significa cortar custos com pessoal para atender aos interesses de mercado, gerando mais desemprego e extinguindo a função social dessas empresas.Temos de organizar, juntos, a maior luta da história em defesa dos direitos, da aposentadoria e pela preservação das empresas e bancos públicos”, destaca a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.
Fonte: Sinc. dos bancários Rio