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Tecnologia enxuga bancos: Bradesco teve 7,4 mil demissões voluntárias

6 nov 2017 | Categoria Geral | Enviado por | 0 Comentários

Essas demissões só mostram uma coisa: a empresa está ficando cada vez mais eficiente e precisa de menos funcionários.

O segundo maior banco privado do Brasil, o Bradesco, recebeu 7,4 mil pedidos de demissões como parte do seu programa de demissão voluntárias – cerca de 6% de todos os funcionários do banco. É uma enorme quantidade de pessoas que resolveram, por conta própria, sair do banco neste momento, além das milhares que já foram mandadas embora nos últimos anos.

Mas por qual motivo o eficientíssimo banco está mandando gente embora? Seria que a crise econômica brasileira finalmente bateu nas portas das agências e tem feito a empresa sofrer a ponto de necessitar uma forte economia de custos? Não! O Bradesco registrou R$ 3,9 bilhões de lucro no segundo trimestre (entre abril e junho) de 2017, o segundo maior do Brasil.

Muito pelo contrário, essas demissões só mostram uma coisa: a empresa está ficando cada vez mais eficiente. A ponto de precisar de menos funcionários para servir a mesma quantidade de gente. E existe uma razão para isso, que é a tecnologia cada vez mais presente na vida das pessoas e facilitando o uso com os bancos. Com isso, o Bradesco (e outros bancos) precisam de menos funcionários, menos agências para operar seus serviços para a mesma quantidade de pessoas. Contudo, ainda são grandes empregadores, já que só o Bradesco emprega mais de 105 mil funcionários.

De fato, a quantidade de bancários caiu vertiginosamente nas últimas décadas no Brasil. Se em 1980 eles eram quase 900.000, agora são pouco mais de 530.000, quase quatro décadas depois (ambos os números de acordo com a Febraban). Quatro décadas de crescimento econômico, de estabilização da economia, de aumento populacional e, principalmente, de evolução no percentual da quantidade de pessoas que possuem representação bancária. A lógica diz que esse número deveria ter se elevado, mas não foi o que aconteceu.

Mas, neste meio tempo, três revoluções imensas ocorreram nos bancos. A popularização do caixa eletrônico, do internet banking e os aplicativos de banco. Finalmente, você parou de precisar ir na agência para qualquer coisa. Só é necessário agora para sacar dinheiro vivo, praticamente (e mesmo assim você fica no caixa eletrônico).  Isso faz com que o trabalho de milhares de bancários se torne desnecessário para o banco. Alguns são realocados, outros são demitidos, mas o banco permanece lá, firme e (cada vez mais) forte.

O próprio Bradesco sempre foi um pioneiro em todas essas revoluções. É uma empresa que entendeu o papel da inovação corporativa muito bem e vem trabalhando para ser cada vez mais forte – apoiando startups e desenvolvimento de tecnologias internamente. Se tivesse parado no tempo, provavelmente teria o mesmo destino que bancos como o Nacional ou o Bamerindus (que não continua numa boa).

É duro falar de demissões, mas para a humanidade atingir o nível de prosperidade máxima ela precisa de cada vez menos gente executando os mesmos trabalhos. Um avanço tecnológico que “economize” empregos de bancários é positiva para a sociedade como um todo, já que menos pessoas fazem o mesmo trabalho de antes e as outras desempenham outros trabalhos diferentes.

A tecnologia deve enxugar milhares de empregos nas próximas décadas, como já fez nas anteriores – o que é absolutamente natural da humanidade. E algumas das principais mentes do planeta já possuem a solução para isso: Bill Gates, Elon Musk e Mark Zuckerberg vem fazendo campanha para que a humanidade adote uma espécie de bolsa-família universal para aqueles que ficarem sem emprego.

Fonte: startse