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Protestos em todo o país exigem novas contratações na Caixa

14 ago 2015 | Categoria Geral | Enviado por | 0 Comentários
José Ferreira, Adriana Nalesso e Paulo Matileti no ato da Barroso

Concursados e empregados participaram, na quarta-feira (6/8), do Dia Nacional de Luta por Contratações Imediatas na Caixa Econômica Federal. Como parte das mobilizações – organizadas pela Contraf-CUT, Comissão dos Empregados, federações e sindicatos – foram realizados atos nas principais cidades do país denunciando o banco pelo descumprimento do acordo coletivo específico, assinado ano passado, prevendo duas mil novas contratações. Em vez disto, a Caixa instituiu um Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), que fez com que se desligassem da empresa mais de três mil empregados.
A manifestação do Rio de Janeiro foi em frente ao Barrosão, a partir das 11 horas, e contou com a presença de diretores da entidade, empregados e concursados que aguardam convocação. A presidente do Sindicato, Adriana Nalesso, acusou o banco de ter agido de má-fé em relação ao acordo e que, em consequência, hoje, as agências e demais unidades contam com um contingente ainda menor de pessoal. “É inadmissível que uma empresa pública aja desta forma irresponsável, trazendo consequências nocivas como o aumento da sobrecarga de trabalho e do adoecimento dos funcionários, além da queda da qualidade do serviço prestado aos clientes e à população”, criticou. Durante os protestos em todos os estados, foi passado abaixo-assinado, em que a população exige novas contratações.

Movimento vai se ampliar

Quando o acordo foi assinado a empresa tinha 101 mil trabalhadores e deveria passar a 103 mil, mas, com o PAA, o número de empregados caiu para cerca de 98 mil. O vice-presidente do Sindicato e presidente da Associação do Pessoal da CEF (APCEF/RJ), Paulo Matileti, lembrou que o comportamento da diretoria da empresa estatal atinge também os aprovados em concurso público que há anos aguardam convocação. Acrescentou que o movimento sindical bancário vai usar de todos os meios para fazer com que o acordo seja cumprido e novos empregados efetivados. Frisou que o Dia Nacional de Luta foi apenas o início da Campanha Nacional por Novas Contratações. E avisou que os protestos vão continuar e se ampliar.
Durante a manifestação do Rio de Janeiro foi repudiada a proposta da presidente da Caixa, Miriam Belchior, que, em vez da contratação, defende o remanejamento como forma de resolver o grave problema do número insuficiente de funcionários. Em um áudio postado nas redes sociais, a presidente da empresa explicou sua tese: “Decidimos fazer um remanejamento de pessoas a partir de um estudo que a Depes e a Degan fizeram em cima da produtividade das agências e da avaliação de onde está mais desequilibrada essa questão de empregados. A gente acredita que consiga fazer todo esse remanejamento para equacionar o que a gente sabe que é um problema importante para o conjunto das agências e filiais”. Para Matileti, a proposta é uma “pernada” no movimento sindical bancário. “Há um acordo a ser cumprido e é isto o que vamos continuar exigindo e, ao mesmo tempo, repudiando qualquer artifício inócuo, como é o caso deste remanejamento”, afirmou.

 

Fonte: BancáriosRio